Nossas Raízes
Herrmann Rudolf Wendroth: Mapa da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul em 1852
http://www.revistafeitoria.com.br/tradicao/historia%20rs.htm7. COLONIZAÇÃO – PRIMEIRA FASE Imprescindível para a compreensão da identidade regional é reconhecer a importância da colonização do território por europeus. Primeiro chegam os alemães. Estabelecidos inicialmente na Real Feitoria do Linho Cânhamo (1825), hoje São Leopoldo, expandiram-se para o norte e oeste, ocupando grande parte dos vales. Foram os alemães que implantaram as primeiras indústrias (artesanato) no território gaúcho. Podemos destacar, além da culinária, também a música, a dança e o espírito do cooperativismo trazido pelos alemães. A nova “ética do trabalho” também se deve aos imigrantes. 7. REVOLUÇÃO FARROUPILHA Episódio considerado como marco fundador da identidade regional, a Revolução Farroupilha teve início em 1835 com a tomada de Porto Alegre. Vale estudar as causas dessa revolução e o papel que a maçonaria desempenhou no fomento do conflito. A figura de Antonio de Souza Netto que patrocinou a proclamação da República Rio-Grandense (1836) merece ser bem estudada. Bandeira e Hino o hino da República Rio-Grandense foram uma conseqüência da proclamação de Netto. O episódio da tomada de Laguna e a criação da República Catarinense (1839) merecem destaque pelo significado político: os farroupilhas pretendiam implantar no Brasil uma República Federativa, integrada pelas províncias autônomas. O fim da revolta no ano de 1845, sem que os objetivos fossem alcançados, mas com conquistas importantes consubstanciadas naquilo que passou para a história como Paz de Ponche Verde, assinada nos campos de Dom Pedrito. 8. NA DEFESA NACIONAL A tônica da história do Estado foi a defesa do território contra os interesses castelhanos. A Guerra contra Rosas (1854) é um marco importante nesse mister. Os mesmos farroupilhas que haviam lutado contra o Império Brasileiro foram os que defenderam o Brasil contra as pretensões expansionistas do ditador argentino. A Guerra do Paraguai (1865) foi outro episódio importante. Os gaúchos formaram vários “Corpos de Voluntários da Pátria” para a formação do exército da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), combatendo o Paraguai e seu ditador Solano Lopes. -Depois da Guerra do Paraguai tem início da modernização do Brasil e do Estado, com a implantação das estradas de ferro. Houve a partir de então uma significativa melhora nos transportes e na integração do território. 9. REVOLUÇÃO FEDERALISTA No ano de 1889 instala-se a República Brasileira. O fim do Império dá início a um novo momento político. No Estado há uma intensa disputa pelo poder. As figuras de Julio de Castilhos e de Gaspar Silveira Martins surgem como estrelas da disputa política o que resultou na Revolução Federalista. A “guerra da degola”. Pica-paus e maragatos mancharam o território com o sangue dos gaúchos. Duas ideologias, duas facções, dois interesses convulsionaram o Estado por dois anos (1894-96). No final, a implantação da administração positivista. No ano de 1892, o Corpo Policial é extinto e no seu lugar surge a Brigada Militar como um exército estadual.
10. A COLONIZAÇÃO – SEGUNDA FASE – COMPLETA-SE O GAÚCHO A chegada dos Italianos no ano de 1875 marca a ocupação do último grande espaço territorial: a serra. Com sua força de trabalho, os italianos plantam cidades e imprimem um novo ritmo para a economia do Estado. Culturalmente contribuem com as suas danças, música, culinária, festas de comunidade e crença religiosa. Nesse período temos também a chegada de imigrantes Poloneses, Holandeses, ucranianos e outros grupos que, se não ocuparam grandes áreas, foram e são até hoje importantes para muitas comunidades do Estado. Neste ano de 2011 comemora-se o centenário da imigração Holandesa no Brasil. É o ano da Holanda no Brasil. 11. GAUCHISMO: CULTO E PRÁTICA A identidade gauchesca começa a ser estudada, compreendida e difundida, mesmo que de forma romântica, com o surgimento do Partenon Literário em Porto Alegre (1858). Foi naquela “confraria” que surgiram os primeiros escritores e poetas valorizando o gaúcho e sua cultura. Mais tarde surge a figura de João Cezimbra Jacques que capitaneou a fundação do Grêmio Gaúcho (1898). Foi essa a primeira iniciativa de organização social, como um clube, para resgatar e preservar aspectos importantes da cultura gauchesca. Em seguida foi a vez de João Simões Lopes Neto fundar a União Gaúcha de Pelotas (1899), seguindo-se uma série de clubes gauchescos pelo Estado. Foi no ano de 1947 que toda a experiência acumulada desde o Partenon Literário, que resultou na primeira Ronda Gaúcha no Colégio Julio de Castilhos, o episódio de 5 de setembro com “O Grupo dos 8” e, depois, já no ano de 1948 o surgimento do 35 CTG que deu o modelo seguido por inúmeros outros Centros de Tradições no Estado e fora dele. Hoje são mais de 3.000 CTGs, espalhados pelo mundo, reunindo pessoas (gaúchos sul-rio-grandenses e outros gaúchos) cultuando, valorizando e difundindo a cultura gauchesca e consolidando a identidade do gaúcho, fruto da sua trajetória histórica. O gaúcho é um tipo cultural, formado por inúmeras etnias e aspectos culturais herdados dos índios, espanhóis, portugueses, negros, açorianos, alemães, italianos, poloneses, holandeses ... e mestiços de toda ordem. MANOELITO CARLOS SAVARIS 1º VICE-PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DA TRADIÇÃO GAÚCHA. | |||
Fonte: http://www.semanafarroupilha.com.br/ Neste link ouça "Cantando Nossas Raízes" - música tema dos Festejos Farroupilhas 2011. Letra e música de Érlon Péricles. By Profe Regin@ T. |
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